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“Conheci meu amor de lambreta”. Vovó completa 85 anos no Capital Moto Week e une quatro gerações pelo motociclismo

  • camilafernandes75
  • 29 de jul.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 2 de ago.

No aniversário de 85 anos de Maria Helena Lima, família celebra o legado de uma paixão que atravessa quatro gerações apaixonadas por motocicletas


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O ronco dos motores ecoa 24h na Cidade da Moto, como de costume, mas nesta edição, os sons da liberdade vieram acompanhados de aplausos e abraços para celebrar a vida de dona Maria Helena Valério de Lima, que escolheu comemorar seus 85 anos no Capital Moto Week ao lado do filho, netos e bisneta. Quatro gerações unidas por uma paixão que atravessa o tempo, mostrando que o motociclismo é um laço que se perpetua. E é essa filosofia que faz do maior festival de motos e rock da América Latina um lugar onde histórias, famílias e legados se encontram para viver juntos o espírito da estrada.


A cearense, que vive atualmente em Vitória (ES), veio a Brasília visitar parte da família e acabou mergulhando numa comemoração que resume sua história em movimento pelos quatro cantos do Brasil sobre duas rodas, com conexões familiares e histórias dignas de livros e filmes. “Hoje estou tão feliz. Ver tudo isso, essa estrutura, essa energia e ao redor da minha família”, contou ela, emocionada, enquanto segurava a mão do filho.


📷Galeria de fotos na pasta ANIVERSÁRIO em: https://bit.ly/bancodeimagensCMW


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O amor que começou com uma lambreta

A história da matriarca com o motociclismo remonta aos anos 1960, quando conheceu o esposo gaúcho, que havia chegado a Brasília de lambreta, em plena época da construção da nova capital. Eles se casaram em 1965 e, ao longo das décadas, seguiram alimentando essa paixão. No Distrito Federal, Maria Helena criou seus quatro filhos e acompanhou todo o crescimento da cidade. “Naquele tempo não tinha nada, era só o Núcleo Bandeirante. Vi essa cidade nascer e cresci junto com ela. Ver hoje esse festival e esse movimento todo me enche os olhos e o coração”, revelou a cearense, que mudou para Vitória há três anos, após o falecimento do marido.


O filho da aniversariante, Humphrey Lima preside o Rotary Club de Brasília e integra dois grupos que unem a paixão pelas motos e o compromisso com causas sociais. O Blues Moto Clube e o IFMR-SA (International Fellowship of Motorcycling Rotarians – South America), organização ligada ao Rotary que reúne motociclistas de mais de 200 países. Desde 2012, os dois grupos participam juntos do Capital Moto Week, onde montam acampamento com estrutura completa: cozinha comunitária e até camas. O espaço abriga mais de 50 membros entre motociclistas, familiares e amigos.


Humphrey revela que ganhou sua primeira moto aos 13 anos, quando já vivia cercado por oficinas, estradas e amizades construídas no universo motociclista. Hoje, vê com orgulho sua filha, sua sobrinha e até sua neta inseridas nesse mesmo mundo que marcou sua trajetória. “A gente não vem só curtir, vem viver o nosso estilo de vida. Receber minha mãe nesse ambiente, no dia do aniversário dela, é uma honra que não dá para descrever. Foi ela que nos trouxe até aqui, por meio da sua linda história de amor e de vida, que começou com a lambreta do meu pai”, rememora o filho.


O presente é estar junto

Com parabéns, muito churrasco e festa entre família e amigos, os 85 anos da dona Maria Helena foram a representação do valor dos encontros, das tradições passadas por gerações e da mensagem de liberdade e paz. “Minha avó tem um espírito jovem. Ela não pilota, mas sempre esteve na garupa, literalmente. E hoje ela escolheu estar aqui, no meio da gente. Isso é muito simbólico”, contou a neta, Jessika Helen Lima, mãe da Maya Lima, que anda de moto desde a barriga de sua mãe.


Com uma linhagem forte, a bisneta de Maria Helena representa a quarta geração de uma família que aprendeu a ver nas motos um estilo de vida e uma filosofia. Para os filhos e netos, ter a Dona Maria Helena nesse momento de partilha é um reencontro com suas próprias raízes. “Ela é nossa base, nossa referência. Tudo começou com ela e meu avô. Estar aqui hoje é devolver em forma de amor tudo o que ela nos deu”, afirma Jessika.


Uma paixão que desafia o tempo

Aos 85 anos, Maria Helena admite que a saúde exige cuidados, convive com insuficiência cardíaca e toma medicamentos regularmente. Ainda assim, ela não descarta voltar em 2026 para uma nova edição do festival. “Se eu estiver bem, volto sim. Porque estar aqui é estar viva, é ver minha família toda unida, é me sentir parte dessa história. Esse é o maior presente que eu poderia ganhar na vida”, arremata.


Sobre o Capital Moto Week 2025

De 24 de julho a 2 de agosto, Brasília será palco do maior festival de motos e rock da América Latina. O CMW, que atrai 800 mil pessoas e 300 mil motos e mais de 1,8 mil motoclubes de todo o Brasil e do mundo, é reconhecido por proporcionar uma experiência inesquecível, reunindo rock, adrenalina e cultura motociclista em um complexo de mais de 320 mil m². Além dos mais de 100 shows previstos para 2025, o festival oferece programação variada que inclui atrações como tirolesa, bungee jump, roda-gigante e cinco palcos temáticos, com identidades únicas para agradar todos os gostos musicais do rock. O festival é um dos poucos no Brasil certificado como Lixo Zero e zera as emissões de carbono, integrando iniciativas de inclusão, diversidade e sustentabilidade à cadeia produtiva do entretenimento.



SERVIÇO

Capital Moto Week 2025

Data: 24 de julho a 02 de agosto de 2025

Local: Parque Granja do Torto | Brasília | DF

Imprensa: (61) 99987-9915 | (61) 8112-2757 | (61) 8427-2785

 
 
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